quarta-feira, 23 de abril de 2008

Laura conhece Cecília

Passamos por muito juntas, essa menina e eu.
A conheci quando ela ainda tava no início do caminho da perdição..
Me senti na obrigação de lhe mostrar que havia mais da vida do que meros drinques alcóolicos, e a convidei para os verdadeiros baratos da vida.
Ela precisava de emoções fortes, e eu vi que mais tarde ela me seria útil.
O futuro nao me mostrou errada, e graças à Cê-não-mete-comigo, escapei do destino:IML.
Fomos ao inferno, e voltamos.
Mas ainda tínhamos na mente uma idéia fixa de que tudo era um teste.
E como fomos testadas..
Mas assim como nosso-senhor-jesus-cristo conseguiu resistir ao diabo (pelo menos era o que o padre que vinha toda semana tentar nos levar para o caminho de deus dizia), nós resistimos.
E hoje somos provas vivas de que há vida após muita loucura.
Nos momentos de desespero, temos sempre uma a outra.
Foi assim lá onde o sol nasce quadrado, e continua sendo aqui.. onde ele nasce bem redondinho.

Eu e Tu, Tu e Eu.
Prontas pra tudo e mais um pouco.

Cecília conhece Laura

Nos conhecemos numa clínica de reabilitação há alguns anos atrás. Eu era alcoólatra, mas Laura... ah Laura tinha vícios muito mais pesados. Digamos que nos ajudamos muito e conseguimos vencer o vício aparentemente. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e tivemos uma recaída. Voltamos para a clínica e lá passamos por uma situação um tanto constrangedora. Laura queria sair dali e, enlouquecidamente, brigou com a assistente social. Eu vi a briga de longe e fui apartar, acabou que acharam que eu estava também na briga e acabamos sendo acusadas de homicídio doloso. Nosso destino foi o Bom Pastor. Sorte que era bem perto de casa e nossas famílias com certeza estariam lá no horário de visitas. Nossa vida lá era um verdadeiro sedentarismo. Não tínhamos nenhuma amizade, só uma a outra. Apesar da dificuldade, tínhamos esperança. Passamos por julgamentos vários e hoje estamos livres. Somos universitárias depois de muito esforço e injustiças. A amizade continua. Sem mágoas.
E estamos limpas, o que é mais importante.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Quem somos nós?

Laura, Laura,
deixem-me dizer
Ela encheu tanto meu saco
Para este about eu fazer

Isso não vale nada
Já me ameaçou de morte
Me pediu dinheiro emprestado
E agora me deu o calote

Estudamos no mesmo colégio
E nem "bom dia" me dava
Agora fica pedindo as coisas
E, se eu não fizer, ela fica com raiva

Fica rindo de tudo
E às vezes é palhaça
Conta um bocado de fofoca
E só piada sem graça

No carro ela dirige
Só Deus sabe como ela tirou carteira
Porque todo mundo sabe
Que isso não passa de uma barbeira

Além de tudo isso
Ela é inconveniente
Vive discordando
Das opiniões da gente

Sempre que ela pode
Diz que estamos errados
Que não falamos nada
E que os argumentos são infundados

Vive rebolando
E se exibindo na UNICAP
Pois digo-lhes com certeza
Isso é desde os tempos do NAP

Sempre se achou a melhor
E que vai viver num palácio
Ter o melhor marido do mundo
Só porque é uma Atanásio

Mal sabe ela
Que um casamento vai até arrumar
Mas se o homem tiver juízo
Vai logo querer divorciar

E esse tal palácio
Em que ela vai morar
É bom ter cuidado
Para não desabar

Acho que essas palavras
Já são mais que suficientes
Para ratificar
O quanto ela é incoerente

E só concluindo
O que aqui já foi dito
Laura é realmente
Um ser muito esquisito

E se você, Laura
Quiser um about maior
Aconselho que você chame
Alguém que faça um melhor


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Ceci, Cecília,
Nunca conheci mais metida.
É só o Buarque a chamar em silêncio,
Que todos atendem aos seus anseios.

Seu vestidinho bonitinho,
Não podia se molhar.
Fez de Peri seu escravinho,
Para uma palmeira lhe arrancar.

Mora aqui em Pernambuco,
Mas já mudou o mapa do mundo,
Queria que no nordeste
A Bahia fosse maior em tudo.

Lembro ainda na escola,
Sempre a dona da bola,
Lemos um livrinho bem ruim,
E ela: “mas as flores são para mim”.

Esse corpinho de miss,
Não é de nascença não.
Eu mesma nunca vi,
Mas diz ela que é malhação.

Vive mesmo é de escrever,
E vem sempre com a falsa modéstia:
“Bonita essa besteira qualquer?
Mas escrevi com tanta pressa!”

Seus dois metros de altura,
Não pense que vieram ao acaso.
Quando braba ninguém segura,
Aconselho a sair de baixo.

Já ouviu falar do João e da Maria?
Não queria espalhar,
Mas ela quem os jogou na bacia.
De bom não tem é nada, não serve nem para tia.

Essa santa é do pau oco,
Em nada se parece com a outra lá,
A que é padroeira dos músicos e no céu está.
O diabo diz por aí, que o seu fogo para ela é pouco.

E como se ainda não bastasse na vida
A sua arte ao palavrear,
Meteu-se também a administrar
E olhe que faz federal, minha filha!

Fez-me há pouco uma poesia,
Toda metida a besta
Só faltou me chamar de fresca
Logo eu, santa por maestria.

Para Ceci não dou um centavo,
Aconselho-os a não fazê-lo também,
Melhor não andar desavisado,
Quem a conhece sabe bem.

Termino de escrever,
Sem uma sequer palavra bonita.
Não há muito o que dizer,
Dessa zinha que chamo de amiga.

Faça bom proveito,
Use-a como quiser,
Qualquer mal é bem feito,
Para com essa tal mulher.

Procure tomar cuidado
Apenas com quem anda ao seu lado,
Dizem que seus amigos,
São páreo pra quaisquer inimigos.

Vai Encarar?!